Marquei às sete horas com o Bernardo num bar do Engenho de Dentro, mas cheguei seis. A verdade é que íamos passar a tarde tranqüila, eu com minha namorada e ele com a dele, Tomando cerveja e batendo papo, mais nada. Como de costume, briguei com a minha antes de ir. Ela sabia como estragar um bom programa. Fiquei puto e fui sozinho uma hora antes. Veio a calhar. Uma hora de adiantamento me daria um bom tempo para beber e me preparar para uma noite sozinho na companhia de um casal. Nardo é um bom amigo, bom bebedor, e sua namorada também é gente boa. Mas há uma diferença terrível do ritmo em que se bebe dois homens sozinhos e o ritmo de homens acompanhados. Sem falar na conversa.
Já estava na sétima cerveja quando ele chegou. Alegrei-me ao ver que estava sozinho. Pensei: parece que hoje é dia de bebedeira.
E aí Nardo, cadê a patroa?
Não pôde vir, sua irmã esta tendo filho agora.
Que sorte a nossa! Também despachei a minha.
Nem tanto, vou ter que sair cedo pra buscar ela na maternidade. Mas dá pra tomar umas boas.
Não me desanimei. Conhecendo meu amigo sei que daqui a doze cervejas ele não sai daqui nem pra buscar a mãe na zona. E como eu já tava sete na frente, não tinha nada a perder. Bebemos e conversamos até as dez da noite. Iam-se lá muitas cervejas e já estávamos igualmente tontos. Como havia previsto, Nardo desmarcou com a namorada. Pegue um táxi. Ele disse com um sorriso deslavado ao telefone. Não pude deixar de rir também.
Já que não ia buscar ninguém, Nardo já planejava outra busca. Eu como só consumo bebidas, no máximo um fuminho, disse que por mim tava bom ali. Ele insistiu e tive uma idéia.
Hoje tem baile na favelinha que o Marcinho mora perto. Podíamos ir pra lá. Você arranja tua parada e depois agente curte o baile.
Porra Luiz, baile funk de favela no domingo?! Amanhã eu trabalho!
A gente sai cedo, depois tu tira um cochilo lá em casa e vai direto pro trabalho.
Era uma proposta irrecusável. Sobretudo depois de tantas cervejas. Pagamos a conta e saímos. Do Engenho de Dentro até Coelho Neto no domingo não passa de meia hora de viagem. Só demoramos mais um pouco por que tivemos que mijar no meio do caminho. Paramos num posto e pegamos algumas latinhas pra não perder a viagem. Quando chegamos Marcinho já estava pronto. Era uma ótima aquisição ao grupo. Outro grande bebedor.
Da casa do Marcinho até o baile era bem perto. Passávamos por uma pequena ponte sobre um valão fétido. Era verão e o miasma do riacho parecia tornar a atmosfera mais pesada. No final da ponte se encontrava a “feira livre” onde se podia comprar tudo que sua mente pudesse desejar para sair do ar. Nardo fez sua compra. Logo depois do comércio estava o baile. Ainda se podia sentir o miasma.
Entramos no que chamam de quadra, que mais parecia um galpão abandonado. Quase todas telhas quebradas e os muros não iam até o teto. Percebia-se que as casas eram construídas escoradas no muro. Muitas pessoas moram assim nessa cidade. O baile já tinha começado, ouvia-se o som estridente desde a casa do Marcinho. Mas estava ainda bem vazio. Estranhei pelo fato de ser domingo à noite, já contavam umas onze e meia. Mas Marcinho explicou que só fica cheio depois de uma da manhã. Coitados dos vizinhos. Pegamos três latinhas.
Não nos arrependemos da viagem. Não demorou e o baile começou a encher, sobretudo de mulheres, todas com shorts minúsculos e mini-blusas sempre exageradamente decotadas. Maravilhoso exagero. A verdade é que não pretendíamos arranjar ninguém, nosso intuito desde o inicio era apenas encher a cara, mas com tamanha oferta e com o nível de libido tão violento no ar, creio que concordamos que não custava nada tentar abaixar uma calcinha naquela noite.
A verdade é que estávamos bêbados, mas isso não nos atrapalhou. Quase nunca atrapalha. Contudo era óbvio que aquelas garotinhas deliciosas, todas aparentando não mais de que 18 anos, não iam querer nada com agente. Mas todo lugar tem seu lado B. Ao nosso lado tinha um grupo de mulheres mais velhas, que as outras do baile e até mesmo que nós. Ao perceberem que não éramos da comunidade parece que gostaram da idéia. Vai ver que já tinham esgotado aquele poço. Bêbado que estava e cheio de tesão, não deu tempo nem de pensar.
Oi, tudo bem?
Tudo, vocês dançam engraçado. Não são daqui não é?
É. Sou amigo do Marcinho, primeira vez que eu venho.
Meu nome é Marta.
Marta, vamos sair daqui. Quero conversar num lugar mais silencioso.
Mas você não me disse seu nome.
Vamos!
Peguei ela pelo braço e saí da quadra. Olhei pra trás no caminho e todos perceberam. Não queria voltar para avisar. Logo em frente havia um muro, encostei ela nele e beijei bem forte. Ela correspondeu. Quando desgrudamos ela perguntou meu nome de novo.
Luiz. Você mora por aqui?
Moro. Eu, minha filha e o marido dela.
Hum, então não da pra ir pra lá né.
Você não acha que esta indo rápido demais?
Não.
Peguei-a novamente pelo braço e puxei em direção a ponte. Vamos pra minha casa então. Ela tentou me convencer a pelo menos voltar e avisar a filha. Quando bebo fico irredutível. Atravessamos a ponte e entramos num táxi. Quando indiquei o caminho ao motorista me arrependi. Podia simplesmente ter ido para casa do Marcinho. Já era.
Por todo o caminho nos beijamos. Beijos molhados, com línguas sobrando pra fora da boca. Sua boca fedia a cigarro. A minha fedia a cerveja. Não reclamamos. Entramos e fomos direto pra cama. Tirei sua blusa e não gostei do que vi. Dois peitos pequenos e murchos, feios mesmo, tanto no tamanho como na forma. Não os chupei. Tirei a bermuda e entreguei-lhe meu pênis. Ela o tocou, também não chupou. As coisas já não iam tão bem quanto no carro. Tirei sua saia e as coisas desandaram de vez. Não pelo que vi, era só uma calcinha dessas de algodão. Tão normal como pode ser uma calcinha. Mas quando fui arriá-la também, ela disparou: Você quer que eu coloque ou você coloca? Entrei em parafuso. Disse a mim mesmo, fudeu! É um veado. Por isso os peitinhos disformes. Por isso o gosto ruim de cigarro. Tirei a mão dela e levantei. Estava pálido. Pensei na besteira que era trazer um veado a minha casa. Será que alguém viu? Que merda que eu fiz. Esses pensamentos duraram dez segundos talvez. Olhei para baixo e vi sua cara de espanto. Na volta, olhei meu pênis ainda em riste. Não havia como voltar atrás. Pelo menos eu gozaria. Tornei a deitar e abaixei a calcinha. Nunca fiquei tão aliviado ao ver uma xoxota. E nem era das mais bonitas. Dei a melhor chupada da minha vida.
Transamos duas vezes e fui vencido pelo cansaço. Ela também já estava satisfeita. Quando deitei não pude deixar de rir silenciosamente da minha loucura. Ela mora com a filha. É claro que não é um travesti. Da onde eu tirei isso? É só um peito murcho.
Pela manhã, fui levá-la ao ponto de ônibus e ela comentou.
Antes de agente transar você levantou pálido por uns segundos, o q houve?
Sorri. Pensei na minha namorada. Ela é a única que transou naquela cama. Acho que não é certo o que eu fiz.
Ela também sorriu. Aquilo era hora de lembrar de namorada! Nunca vi isso. Você deve gostar mesmo dela.
Acho que sim.
Você é um cara legal, Luiz. Foi muito bom.
Pra mim também. Tchau.
Tchau.
Voltei pra casa e dormi como um porco. Acordei com o telefone tocando.
Oi amor, odeio quando agente briga.
Eu também. Pensei tanto em você essa noite. Já está no trabalho?
Já. Quando sair vou praí, tudo bem?
Vem sim. Precisamos fazer as pazes.
É admirável a sua habilidade com as palavas, eu viajei em cada uma delas. Parabéns!
ResponderExcluirBeijos,
Dani Israel*
quem não gosta de chupar uma xoxota? e aliás, colocastes uma bonita questão: as mulheres em bares só servem pra conversar e nos fazer beber menos! muito certo! (markito)
ResponderExcluirPetrus:
ResponderExcluirconveniente o comentário do markito! ahhaha
Cara muito imundo o seu relato. O esgoto em sua plenitude...rsrs
ResponderExcluirSimplesmente maravilhoso!!! Foda!!!
Luiz, sei sei ... hahahahahahaha
ResponderExcluirbjs, Rebeca
¿A vida como ela é? rs
ResponderExcluirLuane
Eu tava torcendo pra que fosse um veado!
ResponderExcluirQuem sabe da próxima vez.
No aguardo de mais imundices
Porra seu merda!!! vc pede pra eu ler essa merda, já li semana passada e essa não tem nada de novo??? e aliás, a parte do fuminho desse conto pode e será usada contra vc!!!
ResponderExcluirP.S: o pablo como sempre incentivando a sem vergonhice de homi cum homi! tsc... esses messianicús...
(markito)
Huahuahuahuahau!
ResponderExcluirMas é claro que era um HOMEM!
Seu Nicanor ficaria orgulhoso de vc! rs
Conclusão: Homens, mesmo amando, é safado...hauahaha...adorei o conto..(um tanto sujo..mas bem interessante...putz..cair de cara ai na mulher que não sabe nem de onde surgiu...é tenso)..hauahauhahaua
ResponderExcluirXerooo
Tenso!
ResponderExcluiros homens em bares só servem pra conversar e nos fazer beber menos.FATO!